A polícia
ambiental, bióloga e veterinária dos ativistas estiveram no Parque das Hortênsias nesta
sexta-feira, dia 28. Na ocasião, por meio de um laudo fotográfico teriam constatado possíveis irregularidades no manejo dos animais e reforma, segundo
afirmou a representante da frente dos advogados ativista de libertação animal,
Antilia Reis. Neste sábado completa uma semana que um grupo de ativistas
em defesa da causa animal, ocupa a frente do local. A intenção deles, desde
ontem, é acamparem 24 horas por dia, até a transferência definitiva dos animais
doentes. Para domingo o grupo pretende
conscientizar quem visitar o parque (das 9h às 16h30).
“Depois da assinatura do TAC não era para ter irregularidades
como a falta de
isolamento acústico para os animais que sofrem com barulho de caminhão e a obra
em si. As corujas foram encontradas no chão, doentes e estressadas, por exemplo”,
disse. Além da transferência dos animais doentes o mais rápido possível, os
ativistas querem que os bichanos que não suportem o barulho em quarentena
(extra) – isolamento acústico – também sejam transferidos e, ainda a construção
desse isolamento (sem visitação e longe da reforma).
De acordo
com Antilia, a população tem se solidarizado com os ativistas que teriam sido
ameaçados pela corporação da GCM pela 2ª vez, em menos de uma semana. “Os
moradores sabendo das ameaças, até de madrugada, se prontificou a fotografar
qualquer provocação. Eles também ajudam com água, comida”, frisou.
A ativista Adriana Greco tentou explicar a sua declaração
polêmica em sua página da rede social Facebook. Ela apontava que a corporação
da GCM “era uma policinha de merda” e Taboão da Serra “uma cidade de bosta”,
além de afirmar que tinham que pedir autorização para acampar “para uma das
prefeituras mais corruptas do país”.
“Amo muita gente daqui. Não falo da população que também é
refém de um prefeito corrupto. Aqui parece sertão do nordeste, terra de
coronel. Todos somos reféns E justamente por gostar das pessoas apoio e
incentivo a reforma, mas deixem os animais em paz”, explicou.
As ativistas começaram a pressionar a prefeitura e os
responsáveis pelo parque devido às diversas denúncias de possíveis maus tratos
aos animais, as mortes dos felinos (tigre ,
tigresa e leão), jaguatirica e a mais recente, do pavão. Apesar do Termo de
Ajustamento de Conduta para as obras e reestruturação do parque já ter sido
assinado entre a administração e o Ministério Público, o grupo permanece no
parque até as transferências dos animais.
Em entrevista ao blog A Notícia em Questão o secretário de
Cultura, Laércio Lopes afirmou que dois animais serão transferidos do zoológico
municipal, a leoa e o gavião, porém serão mantidos os pássaros, micos, jabutis
e jacarés, mas nenhum animal grande (como os felinos). Com a reforma, o local
também receberá segurança particular (dois pela manhã, a mesma quantidade a
noite) nos próximos dias e um playground, com aparelhos para a 3ª idade e
crianças, todo reformulado e novo.
As obras e adequações devem durar aproximadamente dois anos,
período definido pelo Termo de Ajustamento de Conduta.