Faltando um dia para a comemoração do “Dia dos Professores”,
nesta quarta-feira (15), educadores e funcionários públicos de Taboão da Serra
protestaram em frente à Câmara Municipal na noite da última terça, a fim de
pedir o fim de processo administrativo contra a professora e líder grevista,
Sandra Fortes aberto pela Prefeitura da cidade. Segurando faixas, mas em silêncio,
o grupo de aproximadamente 20 pessoas, entrou na câmara e mostrou sua pauta de
reivindicações.
O grupo também reivindicou ao som de batuques e gritos de
guerra, do lado de fora da Casa de Leis - “negociação já com o prefeito
Fernando Fernandes”, visando discutirem o reajuste salarial de 40%,
incorporação do abono salarial, aumento da cesta alimentação para 500 reais,
auxílio/vale transporte para todos, reenquadramento das professoras ADIs, plano
de saúde, concurso público para cargos de direção e licença para acompanhamento
de filhos menores e pais idosos em tratamentos médicos.
Na rede social Facebook chegaram a afirmar que “Se há algo a
comemorar neste dia (dos professores), é a disposição de ir à luta, manifestada
pelas trabalhadoras e trabalhadores da Educação, em unidade com outras
trabalhadoras e trabalhadores dos serviços públicos municipais, na greve de 20
dias em defesa de nossos salários e direitos. A nossa Campanha Salarial 2014
continua! A Atraspacts seguirá organizando as trabalhadoras e trabalhadores
para que nossa luta seja cada vez mais forte, unida e vitoriosa!”
Processo contra professora
De acordo com a professora o prefeito, Fernando Fernandes, a
acusa de “suposto aliciamento de menores” e de “valer-se de sua condição
funcional para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito ou vantagem
pessoal” e de “agir de forma omissa ou comissiva de forma a comprometer a
dignidade e o decoro da Administração Pública”. As acusações teriam sido
baseadas no fato de alguns alunos e alunas terem escrito cartinhas ao prefeito
pedindo para ele negociar e dar aumento de salário aos funcionários públicos e
melhorar a qualidade da educação.
Outro lado
Dia 26 de junho, após a greve de 20 dias, sem acordo com o
prefeito, alunos e alunas da escola pediram informações à professora Sandra
Fortes e ela informou que o prefeito recusou a negociar e iria descontar dos
salários todos os dias da greve. Com isso, eles (alunos e alunas) perguntaram
como poderiam ajudar e Sandra informou que havia um abaixo assinado para os
pais e mães assinarem, que eles não poderiam assinar por serem crianças, mas se
eles quisessem, poderiam escrever cartas ao prefeito, que seriam recolhidas por
ela e entregues ao mesmo quando houvesse uma reunião. Quando soube da
iniciativa, o diretor da escola recolheu as cartas e, sem conhecimento da
professora entregou-as ao secretário de Educação.
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