15 de outubro de 2014

Professores e servidores reivindicam fim de processo contra educadora em Taboão

Faltando um dia para a comemoração do “Dia dos Professores”, nesta quarta-feira (15), educadores e funcionários públicos de Taboão da Serra protestaram em frente à Câmara Municipal na noite da última terça, a fim de pedir o fim de processo administrativo contra a professora e líder grevista, Sandra Fortes aberto pela Prefeitura da cidade. Segurando faixas, mas em silêncio, o grupo de aproximadamente 20 pessoas, entrou na câmara e mostrou sua pauta de reivindicações.

O grupo também reivindicou ao som de batuques e gritos de guerra, do lado de fora da Casa de Leis - “negociação já com o prefeito Fernando Fernandes”, visando discutirem o reajuste salarial de 40%, incorporação do abono salarial, aumento da cesta alimentação para 500 reais, auxílio/vale transporte para todos, reenquadramento das professoras ADIs, plano de saúde, concurso público para cargos de direção e licença para acompanhamento de filhos menores e pais idosos em tratamentos médicos.

Na rede social Facebook chegaram a afirmar que “Se há algo a comemorar neste dia (dos professores), é a disposição de ir à luta, manifestada pelas trabalhadoras e trabalhadores da Educação, em unidade com outras trabalhadoras e trabalhadores dos serviços públicos municipais, na greve de 20 dias em defesa de nossos salários e direitos. A nossa Campanha Salarial 2014 continua! A Atraspacts seguirá organizando as trabalhadoras e trabalhadores para que nossa luta seja cada vez mais forte, unida e vitoriosa!”

Processo contra professora
De acordo com a professora o prefeito, Fernando Fernandes, a acusa de “suposto aliciamento de menores” e de “valer-se de sua condição funcional para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito ou vantagem pessoal” e de “agir de forma omissa ou comissiva de forma a comprometer a dignidade e o decoro da Administração Pública”. As acusações teriam sido baseadas no fato de alguns alunos e alunas terem escrito cartinhas ao prefeito pedindo para ele negociar e dar aumento de salário aos funcionários públicos e melhorar a qualidade da educação.

Outro lado

Dia 26 de junho, após a greve de 20 dias, sem acordo com o prefeito, alunos e alunas da escola pediram informações à professora Sandra Fortes e ela informou que o prefeito recusou a negociar e iria descontar dos salários todos os dias da greve. Com isso, eles (alunos e alunas) perguntaram como poderiam ajudar e Sandra informou que havia um abaixo assinado para os pais e mães assinarem, que eles não poderiam assinar por serem crianças, mas se eles quisessem, poderiam escrever cartas ao prefeito, que seriam recolhidas por ela e entregues ao mesmo quando houvesse uma reunião. Quando soube da iniciativa, o diretor da escola recolheu as cartas e, sem conhecimento da professora entregou-as ao secretário de Educação.




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