4 de novembro de 2014

Há uma semana, jovem afirma sofrer com a perda de seu bebê na Maternidade do Antena

Nesta terça-feira (4 de novembro) completa uma semana que a jovem Regiane Maria de Santana, 21 anos, afirma ter perdido seu bebê na Maternidade do Antena em Taboão da Serra. Ela estava grávida de 3 meses quando foi até a unidade na última segunda (27), relatar que apresentava sangramento e muitas dores “sem ultrassom na Maternidade, falta de vagas para fazer o exame no HGP e sem ambulância do Samu para socorrê-la”, segundo ela, médicos passaram remédio para dor e a mandaram para casa. “Afirmaram que era normal o sangramento e as dores que sentia. O médico me deu buscopan com glicose e depois me mandou pra casa. Fiquei de repouso por conta própria”, denunciou.

No dia seguinte, logo pela manhã, apesar dos remédios receitados, as dores continuavam e o sangramento acabou aumentando, de acordo com relato da jovem. Novamente ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e chegando à unidade, passaram novamente remédio e a mandaram para casa. À tarde, ela retornou a unidade foi submetida à curetagem e informada que seu filho estava morto.

“Quando cheguei lá ele pediu para eu deitar e falou assim: você entendeu o que eu te disse né? Você perdeu o seu bebê e agora se quiser outro só daqui 6 meses. Disse que estava doendo, ele fingiu que nem ouviu e começou a puxar os coágulos de sangue no consultório”, observou.

Ela e sua mãe, Maria das Graças da Conceição afirmam que o doutor que fez o pré-natal, na UBS do Parque Pinheiros, em nenhum momento acusou alguma doença em Regiane. “É isso que eu não entendo. Se ela tivesse alguma coisa porque não avisaram, ou internaram quando ela foi pela primeira ou segunda vez na Maternidade. Pelo contrário mandaram para casa”, desabafou Maria.

A jovem havia acabado de casar e nutria o sonho de ser mãe, pela primeira vez, do pequeno que esperava por tão pouco tempo. O casal apaixonado já tinha feito praticamente todo o enxoval do pequenino e o amavam muito. Regiane sofre bastante a dor da perda, mais com fé não deixa de sorrir e acreditar que tudo tem um porque e uma nova gravidez abençoará o casal. Eles são moradores do bairro Jardim Iracema.

“Desistir dos sonhos é pros fracos e eu sou forte o suficiente pra persistir e tentar até conseguir. Obrigado Deus fazer de mim uma mulher forte... #AnjoMeuTeAmoDemais”, desabafa Regiane em sua rede social Facebook. “Achei que ela cairia em depressão. Todas as noites ficava ouvindo músicas e chorando sem parar. Mas, tenho muita fé, rezei e pedi a Deus para tornar forte minha filha e Ele tem ajudado muito”, contou sua mãe.




Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura na última segunda-feira (3) pedindo esclarecimentos do caso que culminou na possível morte do bebê de Regiane, porém até o fechamento da matéria não obteve retorno.

Relembre outros casos de mortes na Maternidade (aqui, aqui e aqui), Antena (aqui) e UPA (aqui).


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