A violência não tem dado tréguas nem mesmo dentro das unidades
de ensino. Há perseguições, ameaças de morte e até briga. Ao menos duas alunas
sofreram agressões na escola estadual Antônio Ruy Cardoso. A mais recente
aconteceu na última segunda-feira (24 de novembro). Uma garota de apenas 11
anos levou um tapa no rosto, após a agressora, dois anos mais velha que ela,
ter pulado o muro da escola. Na hora da saída, novas agressões só não
aconteceram, porque a mãe da vítima foi buscá-la.
“Minha filha não tinha me contado nada porque estava sendo
ameaçadas de morte há dias. Quando fui buscá-la, tinha um monte de meninas
prestes a agredir minha filha e a acusada chegou a afirmar para mim que ia
cortar o rosto da minha filha com uma navalha. Fiquei com muita raiva, cobrei
explicações da escola e fiz boletim de ocorrência. Agora vou ter que levar minha filha no psicologo, porque ela está bastante traumatizada”, contou uma das mães, Gisele
Silva.
Gisele afirma que em nenhum momento foi informada pela
direção da escola desses acontecimentos e na tarde da última terça-feira foi
até a unidade cobrar explicações. “Falei com uma coordenadora que informou que
não poderia assumir responsabilidades sobre a segurança da minha filha e das
demais meninas agredidas, porque até ela já tinha sido agredida por uma mãe de
aluno e a irmã da acusada ainda estuda lá”, explicou.
A garota de 11 anos e sua amiga que também sofreu agressões,
segundo relatos de suas mães, só vão precisar ir à escola para fazer a prova,
nos demais dias não serão prejudicadas se caso queiram faltar.
A acusada já foi
expulsa dessa mesma escola por ter se envolvido em outras brigas.
As mães das alunas cobram uma presença mais efetiva da
Polícia Militar nas portas das escolas, para que pelo menos inibam essas
agressões. Ao menos três delas já registraram boletim de ocorrência.
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