18 de dezembro de 2014

Vereadores “lavam roupa suja” na última sessão do ano em Taboão

A sessão extraordinária marcada para esta quarta-feira (17) para votar o Orçamento Municipal e a última do ano, antes do recesso, foi palco de uma verdadeira “lavação de roupa suja” e também cheia de indiretas. Enquanto Moreira se defendia “da acusação de que foi o traidor do Grupo dos 7”, Luiz Lune (PcdoB), Luzia Aprígio (PSB), Marcos Paulo, o Paulinho (Prós) e Ronaldo Onishi (Solidariedade) o acusavam de não ter cumprido sua palavra e se “deslumbrado” com a possibilidade de se tornar presidente da Casa, deixando pra trás, o “acordo” que teria feito com o grupo: votar em Paulinho. Na outra ponta, Eduardo Nóbrega (PR) deu vários recados. A mesa diretora para o biênio 2015 - 2016 foi definida na última terça (veja aqui).

“Fazem estratégia para ganhar eleição e achavam que o grupo político não ia ficar calado? Acha que aqui tem algum retardado? A derrota está doendo... Tem que doer. Há 10 da situação e 3 da oposição. A base está formada. Pior para quem estiver na nossa frente. O pau vai comer. Terá sangue na canela, no pescoço, medalhinha para cima”, disparou Nóbrega. 

Acusado de “traidor”, Moreira (PT) esclareceu na tribuna que “quando você chega a um grupo de pessoas, coloca ideias convictas, não está traindo princípios e nem consciência”. Afirmou que “nunca fez acordo com ninguém”. Frisou que se o tivessem ouvido “ele (Paulinho) seria eleito e se não tivesse se rendido ao executivo”. Comentou que “haviam ilações que ele (Moreira) teria 6 votos e se realmente tivesse, ia pensar no caso de votar nele mesmo. Essa seria a única forma de eu não votar no Paulinho”.

Para Lune “ás vezes se passa imagem de pessoa verdadeira, mas a verdade está por dentro. Se alguém jogou desleal, sabe quem foi. Tomara que o inferno exista”, frisou. Luzia Aprígio (PSB) afirmou que honrou sua palavra até o dia de ontem “nosso grupo (dos 7) tinha tudo para fazer presidência com capacidade, sem precisar recorrer ao prefeito. O prefeito manda na prefeitura e nós aqui no legislativo. Já tinha meu candidato (Paulinho), não ia participar de reuniões”. Paulinho, por sua vez ressaltou que aprendeu em sua casa “que palavra dada é palavra cumprida”, frisou “que foi um consenso entre os pares. Ele (Moreira) deixou claro que não descarregaria voto, mas mudou de opinião. Palavra é acordo”, repetiu.

Onishi afirmou que “ninguém vai para a coletiva de imprensa, de forma legitima, sabendo que o voto será mudado. Deveria ter sido colocado antes. Não haveria mudança, foi colocado categoricamente. Ser grande líder, responsável, não se leva grupo para degola política”, disparou.






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