Os servidores municipais de Taboão da Serra denunciam "sofrerem
intimidações, coações, ameaças, transferências de setores, assédio moral, além de terem seus dias parados descontados devido à greve que durou 20 dias".
Relatam falta de equipamentos de segurança para trabalharem. Afirmam não terem
direito a licença acompanhante e tomam medidas judiciais a fim de garantir que
os dias não trabalhados sejam pagos e que o prefeito Fernando Fernandes negocie
vasta pauta de reivindicações com eles, em especial o aumento salarial,
defasado há mais de 17 anos, segundo eles.
Kleber, conhecido como Kabelo, funcionário da Usina contou
que pela falta de equipamentos de segurança, acaba recusando fazer determinado
serviço “com medo de se machucar, como nos últimos 15 dias com dois acidentes
de trabalho” e é punido com os dias descontados. “Eles falam para nos virar,
sem capacete, sem cinto de segurança, banco nos veículos, se não descontam
nossos dias”, denunciou.
“Faltam também uniformes, IPIs, combustível nos veículos –
que acabam ficando parados – material. Nas obras feitas nas ruas, sem material
precisamos procurar nos restos de entulho. A prefeitura não compra. Há dois
anos esse problema se repete”, afirmou.
Segundo ele, as condições no Cemitério da Saudade também não
são boas. “Quando chegam equipamentos de IPIs, é bem reduzido e os funcionários
precisam ficar reaproveitando o material, por exemplo, máscara que tem que ser
descartada rapidamente, usa 3, 4 vezes, luva de borracha, entre outros”,
pontuou.
O funcionário ainda frisou que os servidores que aderiram a
greve foram transferidos de setores e até locais de trabalho. “Uma funcionária
trabalhava no Cras e foi transferida para o Creas, outra estava no Cras Vila
Sônia e foi para o Trianon, além de coação na escola Mingau e intimidações nas
festas juninas”, relatou.
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