15 de setembro de 2014

Família de jovem senhora morta denuncia negligência médica na UPA Akira Tada

A morte da jovem senhora Maria Pereira da Silva Yoshioka, de 53 anos, completou nesta segunda-feira (15), uma semana. Seus familiares sofrem com a perda e saudade. Denunciam “negligência médica na Unidade de Pronto Atendimento UPA Akira Tada” e a falta de aparelho para realização de tomografia, afirmam “que a morte também se deu devido a demora para transferência ao Hospital Geral do Pirajuçara e medicamentos aplicados, sem diagnóstico preciso”,  além de exigirem justiça, mesmo conscientes de que não a terão de volta, porém querem evitar que outros casos como este se repitam. Relatos deles apontam que Maria sofreu bastante antes de morrer. Ela teria tido várias supostas convulsões e gritado muito sentindo dores. No atestado de óbito consta como causas da morte: Edema Cerebral e Estado de Mal Epilético.

“O que revolta é terem tratado o caso da minha mãe como se não fosse grave. Não tentaram salvá-la, medicando remédios sem ao menos saberem o que ela tinha, negando atendimento e não conseguiram a transferência dela ao Hospital Geral do Pirajuçara para a realização de Tomografia a tempo e ela acabou falecendo assim que a viatura do Samu chegou à UPA, para finalmente ser transferida após 2 dias em observação na Unidade, na segunda de manhã”, desabafou a filha de dona Maria, Patrícia da Silva Yoshioka.

Patrícia e seu marido, Nelson Yamad relataram que os médicos não descobriram o que dona Maria realmente tinha. Os exames de sangue e pulmão teriam dado negativo para qualquer  doença, porém “quando as dores atacavam sua mãe, os enfermeiros acabavam dando remédios como omeprazol, dramin e até morfina”, denunciaram. “Tenho certeza que foi essas misturas de remédios que mataram minha mãe. Ela sentia mais falta de ar e tinha mais convulsões depois que eram aplicados em sua veia”, afirma Patrícia.

Segundo ela, médico e enfermeiros negavam atendimento e até possibilidade de transferência. “Quando aplicaram os medicamentos, uma médica super mal humorada presenciou minha mãe tendo convulsões, mas não fez nada, afirmando que era normal e ela já estava sendo medicada”, frisou. Ela denunciou ainda que o remédio para evitar mais convulsões, acabou sendo aplicado atrasado “porque a farmácia não tinha liberado e a ambulância do Samu não tinha recursos para acompanhantes”.

Seus familiares chegaram a ressaltar que “os médicos demoraram praticamente 2 dias (sábado e domingo) para falar que não era nada no coração e precisava de tomografia, porquê seguraram e não deram diagnostico mais rápido? Se soubesse que ia morrer teríamos tentado levar para outro hospital”, lamentaram.

Na manhã de segunda-feira (8), uma doutora determinou que dona Maria precisava naquele momento de uma tomografia e se prontificou a ir com ela até o Hospital Geral. Aliviada a família da vítima acreditou que agora a transferência iria acontecer, porém assim que a ambulância chegou “a enferma teve outra recaída, não resistiu e faleceu”, disseram.

Seus familiares foram categóricos ao afirmar que se dona Maria tivesse morrido apesar de todas as tentativas de salvá-la, “seria aceitável”, porém “nesse caso não tentaram”, disseram. A jovem senhora deixa três filhos: Patrícia 26 anos, Tiago, 30 e Erick, 33, além de seu esposo, Augusto Kzuhiro Yoshioka.

O blog “A Notícia em Questão!” entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura na última quinta (11), para pedir uma nota oficial sobre a morte da senhora, mas até o fechamento das matérias publicadas não recebeu resposta.

Divulgação


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