10 de setembro de 2014

Polícia Civil investiga mortes na Maternidade do Antena

A Polícia Civil de Taboão da Serra instaurou inquérito para apurar as três mortes em menos de uma semana na Maternidade do Antena. Alguns familiares de Angélica Gomes de Oliveira, 25 anos, já prestaram depoimentos na Delegacia central. A Polícia agora espera o laudo médico das gestantes e do bebê, que deve ser entregue dentro de 30 dias, para continuar com as investigações.

O jovem Anderson Aparecido de Melo de 28 anos, viúvo de Adriana Maria de Andrade, 37 e pai da bebê, que segundo o Atestado de Óbito, nasceu morta, relatou que assim que voltou à Delegacia para registrar o óbito de sua mulher, o escrivão de plantão chegou a estranhar “uma morte seguida da outra e da mesma família na Maternidade do Antena”, já que ele horas atrás teria ido até a Delegacia, registrar a morte de sua filha. “Eles também acabaram comentando sobre a morte da Angélica”, frisou.

Câmara

Na sessão da Câmara da cidade, nesta terça-feira (10), o vereador Eduardo Nóbrega apresentou requerimento com intuito de pedir informações sobre a SPDM ao governo. Segundo ele, 8 vereadores, votam favoráveis ao requerimento, que deve entrar na pauta para votação na próxima terça.

A sessão passada foi marcada também por apresentação de requerimento dos vereadores da oposição: Luiz Lune (PCdoB) e Moreira (PT), pedindo esclarecimentos das mortes de Angélica, Adriana e sua bebê. O prazo de resposta da prefeitura é de 15 dias, se caso não a recebam sugeriram a abertura de CPI para investigar as possíveis negligências.

Mortes

Angélica de 25 anos faleceu há duas semanas. Ela foi submetida ao parto de seu filho e durante uma laqueadura, segundo o vereador Moreira, em discurso na tribuna, teve uma parada cardiorrespiratória e foi transferida ao Hospital Geral do Pirajuçara, porém faleceu. Seu bebê recebeu alta na última segunda-feira (1º) – relembre aqui.

No mesmo dia da alta do bebê de Angélica, a grávida Adriana Maria de Andrade de 37 anos chegou à Maternidade para dar a luz, a pequena Manuelly. Ambas faleceram às 7h05 e 16h50, respectivamente. Familiares de Adriana acusam o médico de negligência, ignorar solicitação de cesariana, devido ao tamanho de Manu, mais de 5 quilos e praticamente 60 cm e ainda, funcionários de rasurarem o prontuário, que fica sob a maca (reveja matéria completa aqui).

A Secretaria de Saúde informou que foi solicitado a abertura de processo para investigação de circunstâncias e causas dos óbitos. A direção da SPDM informou que o caso será encaminhado para comissão de ética e o Conselho Regional de Medicina.

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