As
esperanças se redobram para os familiares, amigos e conhecidos do jovem Jorge
Luiz Alves Silva, 26 anos. O advogado não está mais em coma induzido e nem na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Itapecerica. As visitas
agora são feitas no quarto, onde ele já reconhece a todos, porém ainda fala de
maneira confusa. Jorginho, como é conhecido, está internado desde o dia do
acidente (dia 22) na rua Acácio Ferreira, marginal da Rodovia Régis Bittencourt
[retorno do Parque Pinheiros]. Ao todo seis pessoas ocupavam o veículo que ele
conduzia. (Relembre a cobertura completa aqui, aqui e aqui).
De acordo
com o pai, Jorge da Silva e amigos, o acidente não passa de uma fatalidade. Seu
pai disse que ele nunca foi de farra e nem de beber. O amigo dele, Marquinhos,
também ressaltou que o jovem não bebia “para beber, era difícil”, afirmou. A
versão deles contraria os relatos que dizem que Jorge bebia socialmente.
“Infelizmente
a população associa muito bebida com acidente, e nesse caso com certeza vão
falar q ele e os demais estavam embriagados. Isso no meu ponto de vista
é uma forma de achar um culpado. Querem transformar uma fatalidade em crime.
Isso é um absurdo”, opinou Marquinhos. Senhor Jorge frisou que “o filho não
colocava bebida na boca. Quando
tinha festa sobrava cerveja e acabava indo para o lixo, porque ele não tomava”,
disse Marquinhos.
Filho
caçula, o advogado é descrito como um homem bom, trabalhador, estudioso e
honesto, além de ser lembrado com saudade e sorriso nos lábios. “Meu filho
ficou três anos sem sair para nada. Só ficava no computador estudando, até
largou a namorada, tanto é que passou na 7º colocação no Exame da Ordem dos
Advogados do Brasil [OAB] e há um ano exercia a profissão de advogado. Ele
fazia ainda pós-graduação no Makenzi e começou a sair todo o sábado, porque uma
turma o chamava no portão. Ele me dizia: não tem jeito, vou largar os estudos e
sair”, contou.
Marquinhos
pontuou que o jovem advogado sempre foi esforçado e correu atrás dos seus
objetivos. “Ele trabalha desde menor como cobrador de lotação. É um merecedor
do que tem, isolando esse acidente. Pois eu preferia estar no lugar dele, pois
ele não é bagunceiro. Ironia do destino”, desabafou.
Acidente
A tragédia
matou Dayane Aparecida e Victor Henrique Salomão, ambos de 18, e ainda feriu
três jovens, Fábio Silva [que sofreu apenas escoriações], Thaize Costa [precisou
tirar um dos rins, mas recebeu alta dia 28 e se trata em casa] e William Miguel
Vieira [ainda em coma induzido e estado de saúde gravíssimo].
Na
madrugada da tragédia, por volta das 4h30, os jovens retornavam de uma
apresentação do grupo de dança sertaneja que integram, Charmy Dance, na casa de
shows Carioca Club em Interlagos.
Estado de saúde
Jorge foi
submetido à cirurgia para a colocada de um dreno na cabeça para garantir a
oxigenação em seu cérebro. William, internado no Hospital Geral do Pirajuçara,
também precisou colocar um dreno e foi submetido à cirurgia no Fêmur. Seu
estado de saúde ainda é gravíssimo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário