3 de março de 2014

Família de advogado redobra esperanças e diz que acidente foi fatalidade

As esperanças se redobram para os familiares, amigos e conhecidos do jovem Jorge Luiz Alves Silva, 26 anos. O advogado não está mais em coma induzido e nem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Itapecerica. As visitas agora são feitas no quarto, onde ele já reconhece a todos, porém ainda fala de maneira confusa. Jorginho, como é conhecido, está internado desde o dia do acidente (dia 22) na rua Acácio Ferreira, marginal da Rodovia Régis Bittencourt [retorno do Parque Pinheiros]. Ao todo seis pessoas ocupavam o veículo que ele conduzia. (Relembre a cobertura completa aqui, aqui e aqui).

De acordo com o pai, Jorge da Silva e amigos, o acidente não passa de uma fatalidade. Seu pai disse que ele nunca foi de farra e nem de beber. O amigo dele, Marquinhos, também ressaltou que o jovem não bebia “para beber, era difícil”, afirmou. A versão deles contraria os relatos que dizem que Jorge bebia socialmente.

“Infelizmente a população associa muito bebida com acidente, e nesse caso com certeza vão falar q ele e os demais estavam embriagados. Isso no meu ponto de vista é uma forma de achar um culpado. Querem transformar uma fatalidade em crime. Isso é um absurdo”, opinou Marquinhos. Senhor Jorge frisou que “o filho não colocava bebida na boca. Quando tinha festa sobrava cerveja e acabava indo para o lixo, porque ele não tomava”, disse Marquinhos.

Filho caçula, o advogado é descrito como um homem bom, trabalhador, estudioso e honesto, além de ser lembrado com saudade e sorriso nos lábios. “Meu filho ficou três anos sem sair para nada. Só ficava no computador estudando, até largou a namorada, tanto é que passou na 7º colocação no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil [OAB] e há um ano exercia a profissão de advogado. Ele fazia ainda pós-graduação no Makenzi e começou a sair todo o sábado, porque uma turma o chamava no portão. Ele me dizia: não tem jeito, vou largar os estudos e sair”, contou.

Marquinhos pontuou que o jovem advogado sempre foi esforçado e correu atrás dos seus objetivos. “Ele trabalha desde menor como cobrador de lotação. É um merecedor do que tem, isolando esse acidente. Pois eu preferia estar no lugar dele, pois ele não é bagunceiro. Ironia do destino”, desabafou.

Acidente

A tragédia matou Dayane Aparecida e Victor Henrique Salomão, ambos de 18, e ainda feriu três jovens, Fábio Silva [que sofreu apenas escoriações], Thaize Costa [precisou tirar um dos rins, mas recebeu alta dia 28 e se trata em casa] e William Miguel Vieira [ainda em coma induzido e estado de saúde gravíssimo].

Na madrugada da tragédia, por volta das 4h30, os jovens retornavam de uma apresentação do grupo de dança sertaneja que integram, Charmy Dance, na casa de shows Carioca Club em Interlagos.

Estado de saúde


Jorge foi submetido à cirurgia para a colocada de um dreno na cabeça para garantir a oxigenação em seu cérebro. William, internado no Hospital Geral do Pirajuçara, também precisou colocar um dreno e foi submetido à cirurgia no Fêmur. Seu estado de saúde ainda é gravíssimo.


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