22 de março de 2014

Luta pela vida garante alimentação de menino especial em Taboão

Após a luta árdua pela vida, veio a tão merecida conquista e a certeza de que o pequeno Francisco de 7 anos, não mais passará fome e correrá risco de vida. Caixas e mais caixas do alimento [Peptamen Júnior] do menino com necessidades especiais já são realidade na residência da mãe guerreira, Eloísa Lima de Passos de 26 anos. Desde a manhã da última sexta (21), a esperança de uma vida melhor para a criança é uma constante que emociona e deixa feliz quem teve a oportunidade de conhecer a família, pequena - mas grande em amor e fé.

“Agora estou me sentindo mais segura e com dever cumprido. Ter a fralda dele, comida, vai fazer com que ele tenha uma vida mais digna e não irá passar mais fome”, desabafou com sorriso nos lábios, Eloísa.

Além do importante alimento, uma vez que a criança só pode ganhar vitaminas com ele, devido a suas necessidades especiais, a mãe também recebeu da Prefeitura Municipal, fraldas, sondas e os principais equipamentos para de fato, Francisco se alimentar da maneira correta. A luta pela vida só foi vencida, por Eloísa após levar o problema enfrentado desde o início do ano, para rede nacional em reportagem ao programa Brasil Urgente da TV Bandeirantes.

Eloísa contou que  recebeu visita da nutricionista em sua residência. “Ela veio explicar como deve ser a alimentação do meu filho”. A mãe do pequeno Francisco relatou também que a prefeitura garantiu o transporte adaptado para as consultas médicas dele. “Não tinha adaptado. Para as consultas estava indo a pé até o Campo Limpo, com ônibus lotado, povo quase sentando em cima dele”, desabafou.

Após a reportagem a prefeitura prestou toda a assistência para a família, inclusive com a possível troca de escola e horário de seus filhos, ambos com necessidades especiais – eles estudam em horários diferentes, Fabrício com autismo de manhã e Francisco à tarde. “Para eu fazer um curso pela prefeitura para gerar nova renda, será bom para o meu psicológico. Terei com o que ocupar a cabeça - não só hospital, falou esperançosa.

Ela contou à reportagem que a 1ª ordem judicial foi negada com alegação que “causaria irreparável prejuízo ao município, que na prática nunca terá condições de se defender, dada a constante substituição de um produto por outro, a impor a carência superveniente da ação”.

A primeira ordem judicial negada aponta que “o ente público [prefeitura] responde a uma demanda muito maior, e o desvio do administrador para atender a um único interesse - que nem se quer se firmou - revela-se contrário ao ente público”. No final da ordem, o juiz frisa que é “inadmissível a exigência da marca da fralda, por ofender o princípio da igualdade e da impossibilidade no tratamento da coisa público, também haverá de ser negada a antecipação da tutela”.

Somente a 2ª ordem judicial da promotora Daniela Claudia Herrera Ximenes, determinou que a prefeitura é obrigada a disponibilizar o alimento e fraldas para o menino Francisco.

“Meu filho vomita e não se sente bem com a comida, vai ficar com a mesma? Ele fez exames para constatar troca da comida e da fralda. A decisão foi um descaso total com a criança que ficou com muita fome, se não fosse a solidariedade dos funcionários do fórum e amigos”, desabafou.

O casal, Ana Lúcia e Marcelo são dois amigos de Eloísa. De acordo com ela, eles representam a prova viva de ajuda com a comida e fralda. “Viviam fazendo vaquinha - pediam para todo mundo do prédio, serviço”, contou.

Eloísa é separada e cuida de seus dois filhos com amor e ajuda dos parentes de seu ex-marido. Ela recebe por mês um salário mínimo, em torno de R$ 720, a maioria do dinheiro vai para os remédios de seus pequenos, uma vez que sempre estão com pneumonia, alergia, devido a imunidade baixa.

Seu ex-marido ajudava com a comida (que por mês custava em torno de R$ 31 mil). A família, moradora do bairro Jardim Saporito, aceita doações de fraldas, alimentos para o menino com autismo.





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