22 de novembro de 2013

Denúncias apontam estado de abandono da Escola de Bailado de Taboão

Denúncias apontam que a Escola de Bailado da cidade de Taboão da Serra está em estado de abandono que acaba chamando atenção de quem passa em frente ao local. Muito limo, mato alto e muro tomado por pichações denunciam a falta de manutenção do prédio, localizado na rua Levy de Souza e Silva, nº 33, Jardim Bontempo, atrás do prédio do Cemur, que pelo contrário está muito conservado e limpo, apesar de estar praticamente no mesmo “espaço” da rua.

Muitos moradores, pais e alunos lamentam o aparente abandono da escola tanto nas ruas da cidade, quanto na rede social Facebook e, ainda mostraram apoio à luta pela regulamentação da escola por meio de um projeto de Lei, a contratação de quatro professores e a garantia de infra-estrutura para os espetáculos e unidade.



Mais de 300 alunas são atendidas de graça na escola que é reconhecida por revelar talentos, trazer mais de 600 prêmios à cidade, entre eles 65 só internacionais e muito orgulho à população Taboanense. “Como pode deixar dessa maneira a escola que já foi motivo de tantos orgulhos dos Taboanenses”, pontuou Neide Sousa, moradora do centro da cidade. “É muito triste ver a situação que se encontra a escola. Minha filha ama fazer aula aqui e espero que o prefeito faça algo para melhorar as condições daqui”, disse Vânia, mãe de uma ex-aluna.

“Depois que esse prefeito assumiu, a luta é diária, uma escola renomada, com professores excelentes, formadora de bailarinos que hoje estão mundo afora, de portas fechadas a metade do ano por descaso. Quanto a Sônia Almeida [coordenadora da escola] entra num festival, não volta de mãos vazias não.. Isso é competência e muito amor pela profissão”, afirmou Kelly Yamaguchi.

Patrícia Bravo por sua vez questionou: “Cadê o apoio à cultura deste município? Será que todo profissional que se preze, que ama seu trabalho e sabe que isso faz a diferença para nossas crianças e adolescentes tem que fazer trabalho voluntário, e se humilhar para dar um pouco mais de dignidade e alegria a quem tanto necessita? Cadê os dias melhores? Ah, esqueci, estão no esporte...”.

Na última terça-feira (19), a coordenadora do curso, Sônia Almeida, 40 alunas e pelo menos um educador estiveram na Câmara Municipal pedindo mais infra-estrutura para a realização dos trabalhos e ainda, a contratação de professores especializados em balé. De acordo com a denúncia quatro educadores já trabalham sem receber [de forma voluntária]. Devido à falta de infra-estrutura e investimentos, a escola chegou a fechar por quatro vezes consecutivas, uma delas neste ano. A retomada das aulas aconteceu em julho, o que ocasionou a perda de meio ano do curso, atrasando a formação das bailarinas. 

De acordo com a coordenadora e alunas, elas mesmas precisam customizar o figurino há quatro anos. A limpeza da escola também é feita por elas, uma vez que nem ao menos faxineira tem. Falta água, copo, papel higiênico e até mesmo a manutenção do linólio, usado por elas para fazer os exercícios para a dança. Para manter a escola e o salário dos professores elas são obrigadas a fazer “vaquinhas” – relembre matéria completa aqui.

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