Denúncias apontam que a Escola de Bailado da cidade de Taboão da Serra está em estado de
abandono que acaba chamando atenção de
quem passa em frente ao local. Muito limo, mato alto e muro tomado por pichações
denunciam a falta de manutenção do prédio, localizado na rua Levy de Souza e
Silva, nº 33, Jardim Bontempo, atrás do prédio do Cemur, que pelo contrário está
muito conservado e limpo, apesar de estar praticamente no mesmo “espaço” da
rua.
Muitos moradores, pais e alunos lamentam o aparente abandono
da escola tanto nas ruas da cidade, quanto na rede social Facebook e, ainda
mostraram apoio à luta pela regulamentação da escola por meio de um projeto de
Lei, a contratação de quatro professores e a garantia de infra-estrutura para
os espetáculos e unidade.
Mais de 300 alunas são atendidas de graça na escola que é
reconhecida por revelar talentos, trazer mais de 600 prêmios à cidade, entre
eles 65 só internacionais e muito orgulho à população Taboanense. “Como pode deixar dessa
maneira a escola que já foi motivo de tantos orgulhos dos Taboanenses”, pontuou
Neide Sousa, moradora do centro da cidade. “É muito triste ver a situação que
se encontra a escola. Minha filha ama fazer aula aqui e espero que o prefeito
faça algo para melhorar as condições daqui”, disse Vânia, mãe de uma ex-aluna.
“Depois que esse prefeito assumiu, a luta é diária, uma
escola renomada, com professores excelentes, formadora de bailarinos que hoje estão
mundo afora, de portas fechadas a metade do ano por descaso. Quanto a Sônia
Almeida [coordenadora da escola] entra num festival, não volta
de mãos vazias não.. Isso é competência e muito amor pela profissão”, afirmou
Kelly Yamaguchi.
Patrícia Bravo por sua vez questionou: “Cadê o apoio à
cultura deste município? Será que todo profissional que se preze, que ama seu
trabalho e sabe que isso faz a diferença para nossas crianças e adolescentes
tem que fazer trabalho voluntário, e se humilhar para dar um pouco mais de
dignidade e alegria a quem tanto necessita? Cadê os dias melhores? Ah, esqueci,
estão no esporte...”.
Na última terça-feira (19), a coordenadora do curso, Sônia
Almeida, 40 alunas e pelo menos um educador estiveram na Câmara Municipal
pedindo mais infra-estrutura para a realização dos trabalhos e ainda, a
contratação de professores especializados em balé. De acordo com a denúncia
quatro educadores já trabalham sem receber [de forma voluntária]. Devido à falta de infra-estrutura e investimentos, a escola chegou a fechar por quatro
vezes consecutivas, uma delas neste ano. A retomada das aulas aconteceu em
julho, o que ocasionou a perda de meio ano do curso, atrasando a formação das
bailarinas.
De acordo com a coordenadora e alunas, elas mesmas precisam
customizar o figurino há quatro anos. A limpeza da escola também é feita por elas,
uma vez que nem ao menos faxineira tem. Falta água, copo, papel higiênico e até
mesmo a manutenção do linólio, usado por elas para fazer os exercícios para a
dança. Para manter a
escola e o salário dos professores elas são obrigadas a fazer “vaquinhas” –
relembre matéria completa aqui.
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