7 de novembro de 2013

Vítima de machadadas, jovem proporciona história de superação, fé e recomeço de vida

Para alcançar o novo, sempre é preciso recomeçar. Marcado por novas experiências e oportunidades, o início de uma nova etapa, só é possível quando permitimos arriscar, ou por obra do destino, obrigados a superar. O dom de superar acaba virando história, uma mais bonita que a outra e como que por milagre de Deus emociona, proporciona lições de vidas, faz reviver momentos e conhecer pessoas extremamentes do bem. 

Caracterizo como uma história de superação, fé e recomeço de vida, por exemplo, a do jovem consultor ótico, Thiago Frade, de 29 anos, vítima de dez machadadas em sua cabeça. Especialmente, o dia 30 de outubro, aguardado e tão comemorado, pela família, amigos e conhecidos dele, já que representa mais uma etapa de vitórias, a de se recuperar em casa, após 38 dias no Hospital Geral de Itapecerica.

A superação começou assim que acordou do coma, uma semana depois dos golpes, no momento em que desceu do ônibus, no ponto da rua Virgilio Busnello, centro da cidade, dia 23 de setembro. Falando normalmente e reconhecendo as visitas, ele só evoluiu dia após dia. Os familiares, amigos e conhecidos redobravam as esperanças, rezavam e se quer um dia, deixavam de visitá-lo no Hospital. 

Ele reage muito bem ao tratamento e surpreende a todos, com as evoluções no seu quadro de saúde. A melhora foi tão grande que acabou comovendo até os médicos e as enfermeiras. O jovem já movimenta as pernas, braços e, segundo os médicos, não vai precisar fazer a segunda cirurgia para reconstruir seu crânio, que está calcificado. Para dar alguns passos, Thiago precisa de ajuda. “É uma questão de tempo e muito exercício para recuperar mesmo”, contou a amiga Vanessa Duarte. De acordo com ela, em breve ele deve começar a fisioterapia, no Hospital Geral de Itapecerica.

A vítima foi seguida por mais de dez quilômetros. Imagens do condomínio, onde Thiago reside com a família, mostraram ele saindo logo pela manhã. Na sequência, o acusado aparece com sua motocicleta seguindo a vítima. Ponto a ponto, até ele descer. Parou a moto, logo à frente e atacou a vítima pelas costas. Os golpes foram praticados com um machado de artesão do próprio acusado, Alcyr Camargo Tavares, conhecido como ZUC.

O crime teria sido motivado por homofobia, às 8h30 da manhã. Os dois eram vizinhos de parede há dez anos. Nunca haviam discutido e nem ao menos conversavam. 

ZUC está internado em uma clínica penitenciária. Ele teria usado de “artimanha” junto a seu advogado para provar que tem problemas psiquiátricos, assim que foi localizado pela polícia, uma semana após ter cometido o crime.


Thiago e sua irmã Camila - Divulgação Facebook

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