14 de maio de 2014

Casos de dengue ainda são constantes em bairros do Record e Pirajuçara em Taboão

Ainda são constantes os casos de dengue na cidade de Taboão da Serra. Devido a tantas denúncias de moradores que contraíram o vírus, a reportagem foi até os bairros ouvir os vitimados e suas famílias. Estivemos nas ruas “Dois Irmãos”, “Estancia Velha”, “Jacotinga” e “Cachoeirinha” do Jardim Record, durante toda a manhã e início de tarde, desta quarta-feira e constatamos 16 casos. No Pirajuçara, rua “Gabriel da Hora do Nascimento” só em uma residência quatro crianças foram picadas pelo mosquito fêmea aedes aegpyi. Ao todo 20 casos foram apurados em ambos os bairros.

Todos os entrevistados tiveram entre os sintomas: febre alta superior a 39º C, dores fortes de cabeça, corpo e dentro do olho (principalmente com o movimento ocular), vermelhidão como se fosse sarampo e vômitos contínuos. Com todo o quadro característico de dengue, o jeito era correr para os hospitais e pronto socorro infantil nos casos das crianças. Lá, os moradores com o vírus, eram submetidos a exames de sangue e em todos os casos, a plaqueta estava bastante baixa.

Dona Elizabeth Andolph Salles de 46 anos, da rua Jacotinga, precisou ficar internada por três dias para tratar dos sintomas. Sorte dela que tem convênio médico. No hospital particular Family “entravam e saiam moradores com dengue” e devido à gravidade do vírus “o médico disse que tinha que ficar internada, porque morreu dias atrás uma jovem com dengue no hospital. Eles falaram que dengue mata”, contou.

Os sintomas de Esmael Vieira de Alencar Júnior, 9 anos, Estancia Velha, começaram a aparecer no último sábado (10). “Estava com muitas dores no corpo, cabeça e com o rosto todo vermelho, além de febre”, disse. Sua irmã, Silvana Rodrigues de Lima, o levou até o Pronto Socorro Infantil e o exame de sangue constatou plaquetas baixas, porém segundo o médico era uma dengue mais fraca”. O tratamento foi realizado em casa com inalação e remédios receitados pelo médico. “Como parou a febre, não precisamos dar paracetamol pra ele”.

Segundo os pacientes, o exame de sangue chega a demorar 3 dias para ficar pronto. A esposa de Izaque Vieira Borges, Cachoeirinha, disse que seu marido chegou a ir vários dias no Pronto Socorro do Antena, mas a dengue não foi diagnosticada. “Ele estava muito mal domingo. Achei o cúmulo não terem internado, só deram soro e pronto”, contou Jéssica Barbosa. “Eles passaram remédio, mas nem fizeram exame específico para de fato saber se era dengue. Prefiro ir às Clinicas se ficar doente”, comentou sua mãe.

Os quatro filhos da jovem mãe, Paula Santos moradora da rua Gabriel da Hora do Nascimento, também foram vítimas do vírus da dengue. Gabriel de 3, Guilherme de 7, Ellen de 12 anos e o mais velho, Erick 16 pegaram praticamente quase na sequência a doença. A febre chegou a durar quase uma semana, em três de seus filhos, e a jovem foi a única que ficou internada por um dia no Pronto Socorro Infantil. Em nenhuma das crianças foi confirmado a doença, segundo Paula. Porém em todos os exames as plaquetas estavam baixas.

“No dia em que minha filha foi internada muitas crianças estavam com o mesmo sintoma no PSI”, disse. Ao se consultar com a médica, devido aos exames de um de seus filhos, ela teria afirmado, conforme uma gravação feita no celular, “que as plaquetas estavam baixas, mas só 3 pontinhos, o que não considerava dengue”. A médica teria desconversado, quando Paula pediu um exame de sorologia. “Ela não respondeu e a enfermeira me tirou da sala médica”, contou.

Há casos de dengue também no Jardim Freitas Júnior, São Judas, Marabá, segundo apurou a reportagem. Nos bairros com muitos casos da doença é possível notar a presença de muitos terrenos baldios e até córregos à céu aberto. Moradores afirmam que não foram realizadas ações de prevenção da prefeitura antes dos primeiros casos. Um carro passou por todo o dia nas ruas do bairro Jardim Record orientando as famílias que às 18h, casas seriam dedetizadas e receberiam o fumacê.

Em matéria recente visitamos o bairro Parque Pinheiros onde a jovem Bruna Maioli morava. Ela faleceu de Dengue hemorrágica, segundo sua família (relembre aqui, aqui e aqui) e muitos moradores próximos à ela também contraíram o vírus, inclusive seu noivo, sogro e sogra, a qual ela teria cuidado antes de falecer.

Em relação à dengue a secretária afirmou que não há surto da doença na cidade – aqui

Embu das Artes

A Secretaria de Comunicação Social de Embu das Artes informa que, conforme o último boletim da Vigilância Epidemiológica, os dados acumulados do ano confirmam 32 casos de dengue autóctones (contraídos na cidade), 10 importados e 26 ignorados. Foram descartados 41 casos investigados por meio de exame no Instituto Adolfo Lutz de Santo André, que deram negativo para a doença.




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