7 de maio de 2014

Itapecerica da Serra completa 137 anos nesta quinta, 8 de Maio

Itapecerica da Serra completa nesta quinta-feira, dia 8 de Maio, 137 anos de emancipação Político Administrativo. Apesar de ser mãe dos municípios da região, moradores apontam carências consideradas primárias para tantos anos de vida. O blog A Notícia em Questão! foi às ruas da cidade para conhecer cada uma delas e ouvir a opinião dos munícipes acerca da troca de prefeito.

Entre as carências levantadas pelos moradores está o transporte público municipal e escolar, a demora para conseguir atendimento médico e falta de medicamentos básicos, como dipirona nas Unidades Básicas de Saúde, vagas de creches, além da segurança, trânsito caótico, e o não incentivo à cultura, esporte e lazer. Sobre Erlon Chaves, os moradores são unânimes ao afirmarem que acreditam em mudanças com essa nova gestão.

Em meio a tantos problemas, típicos de cidade grande, é impossível morar em Itapecerica e não admirar a natureza, o canto dos pássaros logo pela manhã e no final da tarde e, ainda curtir um ar mais fresco devido a tantas áreas verdes que a cidade comporta. Em relação ao lazer, há sete meses a cidade conta com o Itapecerica shopping.

Amanda Marques, 17, moradora do bairro Embu-Mirim contou a reportagem que a cidade não tem novos projetos de cultura, a área, segundo ela não tem ao menos reconhecimento e apoio. “Quando vamos apresentar alguma peça da companhia Experimental, até com um panfleto não conseguimos ajuda, chega a demorar um mês para ficar pronto”, disse. A divulgação dos eventos também não acontece. “Precisa ser feito de boca, porque nem isso. É difícil que saibamos de algo”, frisou.

Segundo ela e Alison Alexandre, 18 anos, do bairro Parque Paraíso, a cidade é carente também de espaços para a prática da cultura. “Foi prometido a reforma do barracão cultural, mas até agora nem sinal de começar”, comentaram.

Alison Rogério, morador do Jardim Jacira, afirmou que o turismo não é quase nada explorado. Segundo ele, a cidade só conta com o rodeio (que é realizado por uma empresa de fora), jipeiros e corpus christi. “Nossa cidade não é apenas isso. Temos que expandir de verdade, com ações concretas como o Kinkaku-ji que deve ser melhor explorado, assim como os pesqueiros, sítios existentes aqui, que poderiam servir até como uma geração de emprego”, avaliou.

Os jovens comentaram também sobre a locomoção, o trânsito e a lotação dos ônibus escolares e municipais. “A cidade tem muita carência de faróis e calçadas adequadas para os idosos, cadeirantes e pessoas com necessidades especiais andarem pelas ruas com segurança. Na frente do Pronto Socorro central também, no horário de pico, as ambulâncias demoram muito para sair devido ao trânsito. Também é importante a sinalização de trânsito para as saídas da cidade. Muitos não conhecem por aqui”, disse Amanda.

Os relatos sobre lotação dos ônibus e horários que trafegam pelos bairros, também são constantes em Itapecerica. Há bairros como o Jacira, Cinira, Sampaio, Embu-Mirim, Santa Mônica, que a partir das 22h, as lotações já não passam e quem precisa delas para voltar para casa, ir ao hospital, fica na mão. Aos finais de semana elas chegam a demorar mais de meia hora, de uma para outra. “Eu preciso pedir para meu pai me pegar no ponto. Saio da faculdade e como não tem mais peruas, ele me pega, fica perigoso voltar sozinha”, comentou a jovem Talita.

Em relação aos escolares, “as peruas estão sempre lotadas. Muitos dos alunos acabam indo em pé e amarrotados lá dentro, porque comporta muito mais pessoas do que é permitido”, denunciou Amanda.

Os moradores Pedro de 70 anos, do bairro Embu-Mirim, Alessandra Gonçalves, 21, do jardim Nissalves e Thyago Inocente da Aldeinha, afirmaram que a segurança deve melhorar. “Tem muito bandido solto. Minha loja foi assaltada e a polícia demorou demais para chegar. Deveria ter mais viaturas nas ruas”, disse a jovem. “A bandidagem está solta. É muito perigoso sair à noite”, disse o aposentado.

Os três também reclamaram da saúde. De acordo com eles, a área deixa a desejar. “Não tem remédios básicos”, disse o senhor. “Para quem não tem condições de pagar um convênio, ficar mais de 4 horas esperando para passar no médico é inaceitável”, reclamou Alessandra.


Rosivaldo Antônio, do Parque Paraíso disse não estar satisfeito com a saúde e falta de creches. Sr. Roque do bairro Nova Rezende, comentou que a educação e a saúde são problemas graves que Itapecerica enfrenta. Ele pediu ao novo prefeito, que ajude a criar novas vagas de emprego na cidade. “Está difícil desempregado”, desabafou.

Festividades

Para marcar a data, a prefeitura da cidade preparou uma série de atrações que se iniciam com o tradicional Desfile Cívico. Assim como ano passado, será realizado em dois locais: no Centro, na avenida Maximino Augusto de Carvalho, a partir das 8 horas; e no Jacira, na rua Machado de Assis, às 15h; ambos no dia 8 de maio.





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