Itapecerica da Serra completa nesta quinta-feira, dia 8 de
Maio, 137 anos de emancipação Político Administrativo. Apesar de ser mãe dos
municípios da região, moradores apontam carências consideradas primárias para
tantos anos de vida. O blog A Notícia em Questão! foi às ruas da cidade para
conhecer cada uma delas e ouvir a opinião dos munícipes acerca da troca de
prefeito.
Entre as carências levantadas pelos moradores está o transporte
público municipal e escolar, a demora para conseguir atendimento médico e falta
de medicamentos básicos, como dipirona nas Unidades Básicas de Saúde, vagas de
creches, além da segurança, trânsito caótico, e o não incentivo à cultura,
esporte e lazer. Sobre Erlon Chaves, os moradores são unânimes ao afirmarem que
acreditam em mudanças com essa nova gestão.
Em meio a tantos problemas, típicos de cidade grande, é
impossível morar em Itapecerica e não admirar a natureza, o canto dos pássaros
logo pela manhã e no final da tarde e, ainda curtir um ar mais fresco devido a
tantas áreas verdes que a cidade comporta. Em relação ao lazer, há sete meses a
cidade conta com o Itapecerica shopping.
Amanda Marques, 17, moradora do bairro Embu-Mirim contou a
reportagem que a cidade não tem novos projetos de cultura, a área, segundo ela
não tem ao menos reconhecimento e apoio. “Quando vamos apresentar alguma peça
da companhia Experimental, até com um panfleto não conseguimos ajuda, chega a
demorar um mês para ficar pronto”, disse. A divulgação dos eventos também não
acontece. “Precisa ser feito de boca, porque nem isso. É difícil que saibamos
de algo”, frisou.
Segundo ela e Alison Alexandre, 18 anos, do bairro Parque
Paraíso, a cidade é carente também de espaços para a prática da cultura. “Foi
prometido a reforma do barracão cultural, mas até agora nem sinal de começar”,
comentaram.
Alison Rogério, morador do Jardim Jacira, afirmou que o
turismo não é quase nada explorado. Segundo ele, a cidade só conta com o rodeio
(que é realizado por uma empresa de fora), jipeiros e corpus christi. “Nossa
cidade não é apenas isso. Temos que expandir de verdade, com ações concretas
como o Kinkaku-ji que deve ser melhor explorado, assim como os pesqueiros,
sítios existentes aqui, que poderiam servir até como uma geração de emprego”,
avaliou.
Os jovens comentaram também sobre a locomoção, o trânsito e
a lotação dos ônibus escolares e municipais. “A cidade tem muita carência de
faróis e calçadas adequadas para os idosos, cadeirantes e pessoas com
necessidades especiais andarem pelas ruas com segurança. Na frente do Pronto
Socorro central também, no horário de pico, as ambulâncias demoram muito para
sair devido ao trânsito. Também é importante a sinalização de trânsito para as
saídas da cidade. Muitos não conhecem por aqui”, disse Amanda.
Os relatos sobre lotação dos ônibus e horários que trafegam
pelos bairros, também são constantes em Itapecerica. Há bairros como o Jacira,
Cinira, Sampaio, Embu-Mirim, Santa Mônica, que a partir das 22h, as lotações já
não passam e quem precisa delas para voltar para casa, ir ao hospital, fica na
mão. Aos finais de semana elas chegam a demorar mais de meia hora, de uma para
outra. “Eu preciso pedir para meu pai me pegar no ponto. Saio da faculdade e
como não tem mais peruas, ele me pega, fica perigoso voltar sozinha”, comentou
a jovem Talita.
Em relação aos escolares, “as peruas estão sempre lotadas.
Muitos dos alunos acabam indo em pé e amarrotados lá dentro, porque comporta
muito mais pessoas do que é permitido”, denunciou Amanda.
Os moradores Pedro de 70 anos, do bairro Embu-Mirim, Alessandra
Gonçalves, 21, do jardim Nissalves e Thyago Inocente da Aldeinha, afirmaram que
a segurança deve melhorar. “Tem muito bandido solto. Minha loja foi assaltada e
a polícia demorou demais para chegar. Deveria ter mais viaturas nas ruas”,
disse a jovem. “A bandidagem está solta. É muito perigoso sair à noite”, disse
o aposentado.
Os três também reclamaram da saúde. De acordo com eles, a
área deixa a desejar. “Não tem remédios básicos”, disse o senhor. “Para quem
não tem condições de pagar um convênio, ficar mais de 4 horas esperando para
passar no médico é inaceitável”, reclamou Alessandra.
Rosivaldo Antônio, do Parque Paraíso disse não estar
satisfeito com a saúde e falta de creches. Sr. Roque do bairro Nova Rezende,
comentou que a educação e a saúde são problemas graves que Itapecerica enfrenta.
Ele pediu ao novo prefeito, que ajude a criar novas vagas de emprego na cidade.
“Está difícil desempregado”, desabafou.
Festividades
Para marcar a data, a prefeitura da cidade preparou uma série de atrações que se iniciam com o tradicional Desfile Cívico. Assim como ano passado, será realizado em dois locais: no Centro, na avenida Maximino Augusto de Carvalho, a partir das 8 horas; e no Jacira, na rua Machado de Assis, às 15h; ambos no dia 8 de maio.
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