A secretária de Saúde de Taboão da Serra, Raquel Zaicaner, negou
que a cidade enfrenta um surto de Dengue durante audiência pública realizada na
tarde da última quinta-feira (8), na Câmara Municipal. De acordo com ela, o
município está longe de ter um surto. Os números de casos confirmados da doença
até o dia 7 deste mês - somam 78, sendo 58 contraídos na cidade e 20 importados.
Há 383 casos investigados em todo o município. “Para se transformar em um surto
teriam que ser 100 casos da autóctones para cada 100.000 habitantes, e só temos
58”. Ela afirmou que não fala isso porque está querendo esconder. “Se tivesse
um surto seria mais tranquilo pedir estado de emergência para a vinda de
recursos, do que negar, ou fazer manobra para esconder casos”, frisou.
Sobre o aumento de número de casos este ano, Raquel explicou
que a cada 4 anos é esperado o aumento devido a “sazonalidade do mosquito fêmea
aedes aegypit”. Ela lembrou que ano passado Osasco, Jaguaré e Campinas não
tiveram epidemia. “O trabalho da equipe daqui fez que não houvesse surto. Mas
já era esperado esse aumento”, disse. De acordo com ela, os suspeitos estão
sendo tratados como confirmados “prefiro pecar pelo excesso do que pela falta”.
A secretária garantiu que “não faltou ações de prevenção à doença”. “O
problema está aí, as recusas para entrar nas casas era grande, agora os moradores já permitem a equipe entrar. Isso é importante pela conscientização das
pessoas que cada um precisa fazer a sua parte para eliminar ou nem criar os
focos do mosquito”, explicou.
Os vereadores da oposição, Luiz Lune (PCdoB) e professor
Moreira (PT) cobraram da secretária a necessidade de ações anteriores para que
não ocorressem tantos casos, uma morte de suspeita de Dengue e deixasse tantas
pessoas com medo de contrair o vírus. Levantaram a questão da reabertura do Pronto
Socorro Akira Tada, devido à demora no atendimento e aumento de pacientes que a
unidade da UPA e demais PS´s do município apresentam.
O morador do bairro Parque Pinheiros, mais afetado pela
dengue, Batista afirmou que não foi feito ações de prevenção afim de evitar
que os mosquitos proliferassem. Cobrou contratação de mais funcionários para a
realização do fumacê e apresentou um abaixo assinado que conta com
aproximadamente 2 mil assinaturas.
Raquel Zaicaner disse que ainda não há tratamento (antiviral) para a dengue e nem vacina, que está em fase de testes no Butantã.
Atendimento médico
De acordo com a secretária, no antigo PS Akira Tada 8 mil
pessoas eram atendidas por mês. Quando a UPA foi entregue os atendimentos eram correspondentes
a esse número. Porém em abril aumentou para 16 mil/por mês. O Antena mesmo com
a reforma atende 18 mil, já o infantil 11 mil. Sendo que 30% são de
fora do município bairro Umarizal (Campo Limpo). “Autorizamos a contratação de mais
um médico para a Upa e 15 enfermeiros”, ressaltou.
H1N1
A secretária, em resposta à questionamento do
vereador Lune de quantos casos a cidade teve de H1N1 no município, afirmou que 2 pacientes
foram diagnosticados com a doença no Hospital Geral do Pirajuçara. Um caso é de
Embu das Artes e outro de São Paulo. “Ainda não tem exame pronto”, comentou.
Participaram da audiência a presidente da Comissão da Saúde na Câmara, vereadora Érica Franquini, Cido, Joice Silva, Marcos Paulo, Ronaldo Onishi e os vereadores da oposição, Lune e Moreira. Além do secretário de Comunicação, Daniel Borges.
Participaram da audiência a presidente da Comissão da Saúde na Câmara, vereadora Érica Franquini, Cido, Joice Silva, Marcos Paulo, Ronaldo Onishi e os vereadores da oposição, Lune e Moreira. Além do secretário de Comunicação, Daniel Borges.
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