9 de junho de 2014

55 escolas e funcionários do CRAS, Zoo, Usina e Zoonoses também aderem à greve em Taboão

A greve do funcionalismo público de Taboão da Serra entrou em seu 2º dia nesta segunda-feira, dia 9. Ao todo 55 escolas municipais paralisaram suas atividades. Também aderiram à greve funcionários do Cras Vila Sônia, Parque das Hortênsias, Usina, Zoonoses e motoristas. De acordo com o grupo, para esta terça (10), há ainda a promessa de paralisação dos agentes de trânsito.

Durante todo o trajeto feito pelos funcionários, houve visita na Usina, oito escolas municipais, Centro de Especialidades (AMA) e Câmara Municipal. O grupo depois de tanto caminhar, se reuniu em frente à prefeitura de Taboão da Serra, por volta das 11h30 desta segunda, com objetivo de serem atendidos pelo prefeito Fernando Fernandes. Sem êxito, programam acampamento nesta terça, a partir das 9h em frente ao órgão público.

Um funcionário da Usina denunciou que chegou a se machucar por não ter equipamento de proteção individual. “Faltam também uniformes, IPIs, combustível nos veículos – que acabam ficando parados – material. Nas obras feitas nas ruas, sem material precisamos procurar nos restos de entulho. A prefeitura não compra. Há dois anos esse problema se repete”, afirmou.  

Segundo ele, as condições no Cemitério da Saudade também não são boas. “Quando chegam equipamentos de IPIs, é bem reduzido e o funcionário precisa ficar reaproveitando o material, por exemplo, máscara que tem que ser descartada rapidamente, usa 3, 4 vezes, luva de borracha, entre outros”, pontuou.

Funcionárias da educação frisaram que não conseguem se quer dispensa para cuidar de seus filhos e parentes doentes. “Uma mãe teve a dispensa negada, mesmo com seu filho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Estão indo contra o Estatuto e Constituição”, reclamou. De acordo com ela, a prefeitura infringe também o Estatuto do Idoso, porque a mãe e pai que são idosos, precisam de um acompanhamento e não pode “porque ou você tira abonada e depois se prejudica na avaliação de desempenho ou você perde o dia, como justificada”.

Uma das professoras de Educação Física, da escola EMI Santa Rita, afirma que a prefeitura cumpriu determinação da lei de que teria que ter aulas de artes, inglês, educação física, “mas não pensou na estrutura e na educação de fato. É um pátio de uma igreja, as crianças ficam sentadas o dia todo, batendo palma na aula de educação física, sem condição de fazer outra coisa”, disse.

Há 12 anos, uma ADE da escola municipal Dona Benta contou que está com tendinite esperando por um mês uma vaga para fazer um exame específico para ver se consegue alguma licença prêmio ou invalidez. Ela frisou que cozinha para 120 crianças, com ajuda de uma PAP, “que não tem experiência, só ajuda a cortar legumes por 8 horas. Cozinho arroz, feijão, carne, sobremesa, hidratação e ainda janta. Entrei jovem, não tinha nada, tudo no lado direito, onde mais trabalho”, comentou.

Na pauta de reivindicações, os professores e demais funcionários clamam por reajuste salarial de 40%, vale transporte e alimentação de 163 para R$ 500, plano de saúde, revisão do plano de carreira do magistério, devolução do quinquênio e sexta parte retirados em 2010, licença para acompanhamento de terceiros, transformação das ADIS em PDIs (professoras de desenvolvimento infantil), redução da jornada das ADEs e Auxiliares de Classe para 6 horas, sem redução de salário e regularização das auxiliares que estão assumindo as salas de aulas sozinhas, sobretudo as EMIs (escola municipal infantil).





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