Cerca de 300 educadores de Taboão da Serra tomaram as ruas
da cidade na manhã desta terça-feira, dia 3 de junho. Com faixas, cartazes,
apitos e gritos de guerra, o grupo caminhou do Largo da cidade, passando pela
Rodovia Régis Bittencourt até a prefeitura municipal. Ao todo 47 escolas foram representadas no ato, que foi encerrado com a decisão de greve da categoria para a partir da próxima sexta-feira, dia 6. Essa é a 2ª manifestação em uma semana.
O prefeito Fernando Fernandes não recebeu o grupo que fechou novamente a Régis. A proposta de uma nova reunião feita por Fernando Fernandes, na última terça, não foi aceita e com isso, as professoras foram para as ruas novamente. “Falamos
que a data estava longe para 24/6 e ele manteve a data”, explicou Sandra
Fortes.
O trânsito ficou bastante complicado nas ruas laterais,
principalmente na Rodovia Régis Bittencourt, sentido São Paulo, por volta das
9h da manhã. Motoristas chegaram há ficar 1 hora parados, para conseguirem
chegar ao centro ou sair da cidade. Na pista sentido Curitiba, a Polícia
conseguiu fazer com que o grupo se mantivesse em duas das três faixas,
aliviando dessa maneira o trânsito.
O grupo reivindica 40% de reajuste salarial, aumento do vale
alimentação para R$ 500 – atualmente esse valor é de R$ 163 – imediato
pagamento do vale transporte, vencido desde o dia 2 de janeiro, conforme os
educadores, licença para cuidar dos filhos, parentes doentes, entre outras
reivindicações.
Ao som de “a educação está na rua, prefeito a culpa é sua” e
“acorda Taboão, a nossa luta é pela educação”, o grupo mostrou sua indignação com
as atuais condições de trabalho, a falta de valorização e os baixos salários
que recebem. “A ADI assume a sala de aula e só ganha R$ 800”, disse uma das
manifestantes.
Houve ainda relatos em carro de som de professoras que denunciaram
terem sido ameaçadas por terem aderido à greve. “Tem pessoal que está com medo
de vir aqui. Pergunto porque ter medo se nós somos concursadas”, comentou.
A professora Cláudia da escola Paulo Freire, contou que
precisava cuidar da sua mãe, pediu licença para a escola, mesmo com o atestado
do hospital, não conseguiu tendo faltas injustificadas. “Estou desesperada.
Quase perdi minha mãe. Ela precisa de mim. Podem descontar de mim, mas colocar
como falta injustificada, não aceito”, denunciou.
Na pauta de reivindicações, os professores e demais
funcionários da educação, ainda pedem plano de saúde, revisão do plano de
carreira do magistério, devolução do quinquênio e sexta parte retirados em
2010, licença para acompanhamento de terceiros, transformação das ADIS em PDIs
(professoras de desenvolvimento infantil), redução da jornada das ADEs e
Auxiliares de Classe para 6 horas, sem redução de salário e regularização das
auxiliares que estão assumindo as salas de aulas sozinhas, sobretudo as EMIs
(escola municipal infantil).
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