30 de abril de 2014

Enterro de jovem Taboanense é marcado por comoção e saudade

O velório e enterro da jovem Taboanense Bruna Souza Maioli de 23 anos, no final da tarde desta terça-feira (29), no Cemitério Valle dos Reis foi marcado por muita comoção e saudade. Cheia de vida e sonhos, a estudante de Farmácia é lembrada pelos familiares e amigos como a menina do sorriso largo, sempre pronta a ajudar. “Ela era muito prestativa, as vezes não precisava nem pedir. Dizem que Deus só quer pessoas boas junto à Ele. Agora ela é um anjo”, disse a tia de seu praticamente marido. Bruna morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória na noite da última segunda-feira (28). 

Familiares afirmam que médicos do Hospital particular Family, já haviam diagnosticado dengue hemorrágica, mas com uma leve melhora, a mandaram para casa, na manhã do mesmo dia. Por volta das 19h, ela retornou já com vômitos incessantes e febre alta, além de sangramento. De acordo com a família, ela seria transferida para outro hospital, mas acabou falecendo antes, às 22h10.

O pai da jovem, Jorge Maioli contou à reportagem que o hospital constatou que sua filha estava com as plaquetas baixas. Sua cunhada, Andréia frisou que saia sangue pelo nariz da jovem e hematomas roxos pelo corpo todo. “Os médicos saíram todos lavados de sangue de dentro da UTI. Onde tentaram reanimá-la da parada cardiorrespiratória, mas não conseguiram”, explicou. A nota oficial da prefeitura, porém aponta que em atendimento, consta exame clínico em que a vítima negou que estava sangrando e o exame laboratorial mostra plaquetas normais, o que não seria o indicativo de processo hemorrágico.

A certidão de óbito da jovem constava causa indeterminada de morte, porém aguarda exames complementares. O exame deve sair no próximo sábado, 6º dia após a realização. Em nota oficial da prefeitura, consta que os exames laboratoriais não são característicos de dengue. “É obrigatório pensarmos em alguns diagnósticos diferenciáveis como meningococcemia, leptospirose, H1N1 e a dengue, [como a família afirma]”.

O sogro da vítima, Cláudio ressaltou que a jovem chegou a cuidar dele, seu filho (noivo) e sogra dela, também diagnosticados com dengue, e infelizmente foi contaminada e não conseguiu se cuidar e escapar da morte. “Fui na UPA e afirmaram que era virose, quando disse que era enfartado, fizeram exames específicos e constataram a dengue”, reclamou.

Era grande a revolta dos familiares. Eles exigiam ações da prefeitura municipal a fim de eliminar o foco da doença, que de acordo com eles, está na biquinha (onde pegam água) e piscinão (bem próximo a casa deles). “Sou comerciante e morador de Taboão há 26 anos. Estou cansado e vou embora. Foi avisado que tinha surto de dengue e nada foi feito”, disse.

A reportagem pesquisou na internet sobre os sintomas da dengue hemorrágica. Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos.




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