A saúde
municipal de Taboão da Serra tem recebido duras críticas. A expectativa é que
elas aumentem ainda mais com o fechamento do Pronto Socorro do Akira Tada, que
deve se tornar um Centro de Especialidades, segundo o prefeito Fernando
Fernandes. Os pacientes moradores dos bairros Mirna, Intercap, Monte
Alegre e Recanto dos Pássaros, por exemplo, já discordam da mudança, uma vez
que precisarão atravessar a Rodovia Régis Bittencourt para serem atendidos na
Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“O dia que a BR ficar entupida e parar, como faremos? Vai ter um helicóptero para
levar o paciente até lá. A saúde já está ruim”, afirmou o morador do Jardim
Koabara, Nelson de Araújo. Steh Sccp ressalta que o mínimo que eles [prefeitura
e empresa Pirajuçara] deveriam fazer é uma nova linha partindo do
Mirna/Intercap/Recanto dos Pássaros sentido Shopping/Maria Rosa.
“Do que adianta ter posto mais perto se somos obrigados a ir
à pé? E quem não tiver condições de andar, como fica? Quem mora pro lado do Morro do
Piolho vai ser prejudicado. Pelo menos quando era no Akira Tada tínhamos a
opção de tomar o Circular 03, o único que passa nesses bairros. Agora nem isso.
Como sempre, a
população de Taboão é quem paga o pato”, opinou.
Cadeiras rasgadas na Unidade Básica de Saúde do Jardim
Helena e até a falta delas no Pronto Socorro do Antena também são motivos de
críticas feitas pelos pacientes. A UBS,
segundo a moradora Jaqueline, não conta ainda com bebedores de água e o
atendimento “na maioria das vezes é feito de má vontade”.
Outro grave problema enfrentado pelos pacientes é a demora
que encontram para realizar exames e agendar consultas. “Preciso de um
cardiologista e não tem lista aberta, tenho que aguardar. É o fim do mundo”,
disse Jaqueline.
“É tanta
demora para conseguir, que acabei perdendo o dia marcado para passar no
ginecologista no mês de outubro. Com isso, liguei lá (UBS do Jardim Suiná) e
pediram para ligar no começo do ano e tentar agendar retorno. Vou ter que fazer
os exames denovo. Na época do ex-prefeito, Evilásio Farias, demorava uma semana
para marcar. Não mais de
quatro meses”, contou a moradora do Jardim Freitas Júnior, Valquiria Santos.
Foi por insistência que Ana Paula Gonçalves do bairro Jardim
Helena conseguiu fazer a mamografia, no mês do Outubro Rosa. Ela ficou mais de
um mês esperando para realizar o exame e sabendo do Mutirão da Saúde, foi até lá
e insistiu para participar do mutirão. “Eles informaram que ligam para os
pacientes participarem e como
não tinha recebido a ligação, deveria esperar, porém insisti e consegui fazer”,
disse.
Carol Lima contou que ficou quatro horas esperando por
atendimento no Pronto Socorro do Antena, três delas só para tomar medicação “enquanto
enfermeiros batiam papo e mexiam no celular”, denunciou.
”Com certeza estão sentindo falta do Evilasio. Porque na época dele no máximo marcavam uma consulta nas ubs para 10 dias. Eu tentei marcar clínico hoje (dia 5/12), mesmo o médico pedindo urgência, só tem data para Fevereiro”, afirmou a moradora Simone Roza.
Em entrevista à reportagem Fernando Fernandes afirmou que a
saúde tem sido a principal prioridade do governo neste momento, por ter sido
encontrada, assim que assumiu a prefeitura, “sucateada”. “Tanto é que estamos
investindo 32% do orçamento municipal em saúde, mais do que o dobro da
obrigação constitucional que é 15%. Para que
a gente possa reconstruir a saúde do município”. Relembre aqui.
Cadeira rasgada da UBS Jd. Helena
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