13 de janeiro de 2014

Morte súbita da jaguatirica aconteceu antes dos três felinos do Zoológico de Taboão

A morte da jaguatirica não é tão recente o quanto aparentava em notícia da semana passada. Em visita ao Parque das Hortênsias, nesta segunda-feira (13), a médica veterinária do Zoológico, Talita Gonçalves, confirmou o falecimento do felino de nome Lyppe em 29 de julho do ano passado. De acordo com ela, a causa morte do animal ainda é desconhecida, uma vez que ele teve um óbito súbito.

“A jaguatirica macho veio de Santarém do Pará com aproximadamente 7 anos. Ficou aqui no parque quase 8. O Lyppe tinha problemas na coluna. Um dia antes da morte colocamos um papelão no recinto onde vivia e ligamos o aquecedor. No dia seguinte, chegamos ao parque e o encontramos morto, já bem velho”, disse. De acordo com o site da prefeitura, o animal veio para a Zoo com dois anos e meio em setembro de 2006.

A veterinária adiantou para a reportagem que a Unisa ainda não encaminhou o laudo da morte do animal. Além desse laudo, o parque aguarda ainda o parecer da universidade diante do laudo do leão, tigre e tigresa. Somente as três mortes haviam sido divulgadas pela prefeitura, o falecimento da jaguatirica veio à tona em matéria do jornal Folha de São Paulo.

Um mês antes da morte da jaguatirica, faleceu o tigre, Zetti, dia 11 de agosto com insuficiência renal. Dia 14 de novembro, o parque perdeu o leão, Zulu devido a um parasita sanguíneo. A perda mais recente foi da tigresa, Sacha, dia 27 de novembro. A felina foi levada para a sala de cirurgia onde encontraram tumores generalizados no interior dela. (relembre aqui).

Os felinos eram os mais visitados do zoológico municipal e faziam à alegria da criançada e até mesmo dos adultos. Os visitantes agora podem visitar as aves, macacos e a leoa, que sobreviveu a tratamentos de uma infecção e continua bem no parque. Ela agora está nas três jaulas vazias (do seu companheiro leão, tigre e tigresa).

“Com a reforma, dos quatro recintos vazios, dois grandes serão destinados para a leoa, se ela ficar no Parque”, adiantou Talita. Ativistas querem a transferência da leoa Helga para um santuário de Jundiaí. A veterinária salientou ainda que a reforma irá proporcionar também a vinda de companheiros para a leoa e quati, por exemplo. Ela adiantou que encaminhou para o Ministério Público a ficha clínica de todos os animais que faleceram no parque.

Talita fez questão de explicar que fez de tudo para salvar os animais mortos. “Não cabe acusações de maus tratos. Apesar de entender que a população queira culpar, porque sente falta de ver os animais que não vêem com freqüência, mas sofremos também. Eles são parte da gente”, falou emocionada.

Na rede social Facebook as mortes foram bastante lamentadas e a possível falta de cuidado do parque amplamente questionada pelos moradores e visitantes do zoo da cidade. No último sábado, manifestantes pediram pela revitalização do parque em ato da praça Nicola Vivilechio até o Parque (aqui).






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