23 de janeiro de 2014

Tempestade deixa rastros de destruição em Taboão, Embu e Itapecerica

O transbordamento do córrego Pirajuçara deixou um rastro de destruição nos bairros Jardim Clementino, Leme e Silvio Sampaio. Os moradores foram retirados por botes. Centenas de famílias perderam tudo que conseguiram com muito trabalho, em uma hora de chuva forte que atingiu toda a região, no início da noite de ontem, dia 22. Carros foram arrastados pela força da água. Inúmeros deles ficaram destruídos. A mesma situação foi registrada no bairro Jardim Dom José, Castilho, Santos Dumont, Pirajuçara e Jardim Vazame em Embu das Artes. A enxurrada passou destruindo tudo também no bairro Parque Paraíso, em Itapecerica da Serra. A avenida nove de julho virou uma cachoeira e casas foram invadidas, assim como a Eduardo Roberto Daher. Ao menos duas árvores despencaram na cidade. Veja aqui.

A família de Elsio Gomes dos Santos, morador de Embu das Artes procura por ele desde a noite de ontem. Ele está desaparecido desde o momento em que foi arrastado pela enxurrada do córrego da rua Chico Mendes. O carro onde estava foi encontrado no piscinão do Jardim Silvia Sampaio, porém a polícia ainda não localizou o corpo do homem. O córrego transbordou e também deixou um rastro de destruição nos bairros ao entorno. Moradores afirmam que há muito tempo, não presenciam a limpeza dele.

A tempestade deixou a rua Antonio de Oliveira Salazar e as estradas Tenente José Maria da Cunha e Kizaemon Takeuti em frente ao hipermercado D’ Avó e shopping Pirajuçara, respectivamente ilhadas. Na altura do shopping Pirajuçara uma moradora foi obrigada a observar o seu carro sendo carregado pela enchente. Muitos outros carros também ficaram embaixo d’água, felizmente os motoristas conseguiram sair sem ferimento algum. A avenida Intercap cedeu depois da chuva.

À noite e o início da manhã foram marcadas por muito trabalho para essas famílias. Houve manifestações com barricadas de fogos. Móveis ficaram amontoados em meio às ruas. O cenário é devastador e muito triste. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Taboão, Mário Gomes, a maioria das famílias vítimas da enchente não quiserem deixar suas residências. O balanço deve ser divulgado ainda nesta quinta. A secretaria de Assistência Social e a Defesa Civil distribuem colchões, kits de higiene, pessoal e alimentos para os desabrigados.

“Ainda não foi preciso fazer postos de coleta, porque estamos comprando tudo que é necessário”, informou. O coordenador frisou que a chuva de ontem foi atípica, uma vez que no córrego Pirajuçara choveu 104 milímetros em 40 minutos e no centro, só dois milímetros. A média é de 50 milímetros. “Não há previsões de mais chuvas como essa para os próximos dias”, disse.

A solidariedade com essas famílias foi prestada na rede social Facebook. Muitos moradores querem criar postos de arrecadação para ajudar essas famílias. Em matéria do SPTV, a situação de muitas dessas famílias foi relatada. Diversos eletrodomesticos, como geladeira, fogão já não pegam mais. Sofás, também terão que ser descartados. As marcas da altura da água marcam 1,80, no bairro Jardim Clementino.


A devastação que a chuva deixou denuncia a falta de limpeza dos piscinões e córregos do município, como o Pirajuçara e Casa Blanca em Embu. Muito lixo se acumula neles e as bombas não funcionam, de acordo com moradores. As prefeituras e o DAEE não se entendem diante da responsabilidade da limpeza dos piscinões desde o final do ano passado, e a limpeza não foi feita, como forma de prevenir as causas das chuvas de Verão.









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