Passageiros
esperaram por mais de uma hora o circular 9, da empresa Pirajuçara, em postos
da cidade e no final da linha, no largo de Taboão da Serra, na tarde deste sábado,
dia 18. Uma grande fila foi formada no ponto final, a maioria das
pessoas precisou ficar embaixo do sol quente, para tentar ao menos conseguir um
lugar para seguir a viagem sentado. Assim que o ônibus chegou, os passageiros
se acomodaram e alguns não tiveram essa mesma sorte, foram em pé, já que o
coletivo saiu cheio rumo ao bairro Jardim Samoritz.
Nos dois primeiros pontos do centro da cidade, o ônibus
encheu ainda mais. Não tinha nem ao menos lugar para segurar e o motorista
dirigia dando muitos trancos, o que fez alguns passageiros baterem com a cabeça
nos ferros que servem para segurar durante a viagem. As reclamações eram
constantes a cada tranco que o motorista dava e mais ainda, pela demora do
coletivo.
“Fiquei uma hora e meia no ponto esperando pelo ônibus. Pelo
menos tinha cobertura, porque está calor demais”, comentou dona Helena
Nascimento, de 60 anos. “Todo o final de semana é assim, essa demora. Durante a
semana demora um pouco menos, meia hora”, disse Elisangela, moradora do Record.
“Os trancos acontecem todos os dias e na maioria das linhas. Os motoristas
acham que carregam animais aqui dentro”, comentou Fabiana Silva, do Parque
Pinheiros.
Os
circulares, como são conhecidos, são alvo de muitas críticas pela sujeira
acumulada no chão e nos bancos, pichações, atraso na hora da chegada e partida,
alta velocidade que os motoristas dirigem e lotação em horário de pico (logo
pela manhã ou no final da tarde). “A conservação dos bancos e coletivo
passa longe em algumas linhas”, afirmou Thiago André, morador do Jardim Record.
Os
passageiros reclamam também do valor da passagem e, ainda pelo motorista ter
que exercer a função de dirigir e cobrar a condução. “Ter que pagar R$
3,00 para andar daqui [Jardim Helena para o centro] é muito dinheiro deixado em
cada viagem. Muito caro”, disse a moradora Ana Paula Gonçalves. “Eles fream
bruscamente. Andam como
loucos”, comentou Dulce Rocha do Parque Albina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário